iShellby Shuffle 8 - Dance With Somebody

Local: Vila Dionísio, em plena quinta-feira.

Foi uma noite masoquista, confesso. Além de todo o histórico que não vem ao caso, a banda tocou um tributo a Alanis Morissette e The Cranberries. Uma belíssima trilha sonora que me fez sentir muito bem quando fiquei sozinha com vários casais apaixonadinhos ao meu redor – SÓ QUE NÃO! Eu queria pisar em todas as músicas enquanto mandava mensagens descontroladas para o meu suporte, a Isa.

iShellby Shuffle 7 - Santa Sara

  

Local: Feira do Livro

 

  16h é um horário meio parado para a Vila do Livro, é o momento de olhar as escolas indo embora, a última sessão terminando, uma quase tranquilidade. 16h também dá uma fominha, vou te contar...

Uma escolha estava passando pela Arena e 2 senhoras foram para o começo da fila de crianças com duas cestas cheias de frutas e pãezinhos. Uma era bem curvada e a outra usava uma saia verde rodada. As crianças fizeram um alvoroço ao redor delas, pensamos que fossem professoras da escola com merenda ou algo do tipo.

  A Isa, que também vinha da Arena, passou por elas e quase engoliu deu uma boa olhada dentro das cestas. Diferente de nós, ela teve cara de pau e foi até lá perguntar se poderia pegar uma frutinha. As senhoras disseram sim. SIM. COMIDA, ÀS 16H DE UMA QUARTA-FEIRA. Fomos até lá e cada uma escolheu algo delicioso.Depois da primeira mordida na minha banana, comecei a imaginar porque duas senhoras se dariam ao trabalho de vir até a Feira do Livro carregando duas cestas cheias de alimentos para distribuir por aí. Ah, se fosse pra morrer envenenada, pelo menos as meninas iam comigo (meu humor interno é ótimo).

iShellby Shuffle 6 - Meu lado Gustavo

Local: El Infierno

  Quem conhece o El Infierno (ex La Portenha) sabe como ele é apertadinho. Principalmente em noite de open e com o DJ colocando mais gente no seu caminho até a bebida.

  Estava com dois amigos da faculdade, Gahzela e Gui, esperando para ser atendida quando algo começa a mexer no meu cabelo. Olhei para a Gah com cara de “Eu conheço o que está movendo meu cabelo?” e notei que ela começou a rir da minha cara e da situação. Quando me virei, era um moço X quem mexia. Ele abriu um sorriso how you doing? e esperou outro de volta.

Antes de qualquer reação, o Gui, essa criatura do gingado singular, me puxou para perto e perguntou antes “Você gostou dele, Shellby? Pelo amor, eu não gostei, não dá.” – eu, na minha inocência das atitudes mirabolantes do Gui, só respondi que não, estava ~de boa~.

Então o Gui chegou mais perto do nosso galã dos cabelos e começou se apresentando para ele. Até aí tudo bem. Na hora de me apresentar, ele soltou a seguinte frase:

iShellby Shuffle 5 - You Will Meet a Tall Dark Stranger

Local: Vila Dionísio

Show: Move Over

Ah, a arte de socializar com estranhos depois de algumas cervejas! E, principalmente comigo, a arte de encontrar pessoas estranhas depois de algumas bebidas.

Desta vez eu estava no meu caminho de volta do banheiro, quando um belo par de olhos azuis me segurou pelo braço. Na hora você tem a pontinha de esperança de ser um corpinho atraído pelo seu corpinho. Mas nãão, é um garoto X que desembesta a falar várias coisas SOBRE você. Eis aqui um pouco do que eu lembro:

“E aí, como você está? Tá fazendo faculdade do que? Sabe, eu me lembro de você no cursinho e fico muito feliz em saber que não mudou nada! Você possui um estilo tão único e bonito, destacando-se no meio de todas essas meninas no bar, sério mesmo! Nunca deixe ninguém dizer que você é feia ou esquisita, pois NÃO É! Você é diferente e de uma maneira muito boa (...)”

Agora vem a parte mais assustadora: “(...) Eu tenho CERTEZA de que vamos nos encontrar de novo, e quando este momento chegar, espero te encontrar assim, cheia de personalidade.”

Depois que ele me deixou ir, olhei para as minhas roupas e de início pensei “Quantas cervejas esse ser tomou??”, mas depois não pude evitar um sorrisinho bobo no canto da boca. Afinal, não é todo dia que alguém te faz desligar de todas as suas neuras particulares.

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.take that,bitches.

iShellby Shuffle 4 - Previsões no banheiro

Vila Dionísio, Foo Fighters Cover.

Se você conseguiu um bom lugar perto do palco do Vila e está curtindo a banda, você não sai de lá só para fazer um xixizinho. Para atravessar aquele bar lotado de sábado, sua bexiguinha deve estar implorando para eliminar toda a Heineken e o Sex on the beach.

Após trançar um pouco as perninhas na fila, a baixinha que vos escreve conseguiu entrar na cabine. Tudo ótimo, relativamente limpo e...e...e tem uma loira entrando comigo. WHUT?

- Oi! – ela disse, toda sorridente.

- Erm....oi? – fiquei ali segurando a porta e olhando pra ela, pensando “você sempre invade a cabine dos outros?”

- Oi! Então...acabou o papel ali da pia, posso pegar um pouco de papel higiênico?

- Claro... *já está dentro da minha cabine mesmo, vai logo com isso! oO*

- Obrigada, mocinha! Mocinha, né? Porque você deve ter uns 18 no máximo! – e ela ia puxando o rolo de papel.

- Tenho 20...

- 20????????? Noooooooossa, mas não parece! Olha só, eu sou você daqui 10 anos!Tenho 30, que tal? – e deu uma balançada com o corpo para que eu pudesse analisar melhor.

Realmente, a garota era muito bonita – e eu não dava 30 anos pra ela nem morta! Com um cabelo curto e uma maquiagem nada exagerada, sorriso aberto e uma roupinha estilosa – além, claro, do corpinho mignon de academia.

- 30? Bom, se eu chegar na sua idade assim, tô ótima!

- Own, você é tão bonitinha, ninguém vai saber quando você tiver 30 anos! Obrigada pelo papel, beijo!

Deu um último sorriso e levou um tantinho de papel nas mãos.

*inserir minha cara de ‘que porra é essa’ aqui*

Tive um suposto encontro com o meu futuro dentro de uma cabine de banheiro de um pub. Só espero não pintar meu cabelo de loiro.

(e é claro que eu fiquei pensando em coisas como : será que com 30 anos eu vou continuar frequentando isso aqui? Vou usar aquelas roupas? Mimimii)

Fechei a porta.

iShellby Shuffle 3

Comer, Rezar, Amar. Definitivamente, o livro e o filme não entram na minha lista de favoritos. Aliás, só entrei na sessão de cinema porque meu primo lindo de São Paulo quis fazer uma média com a titia (no caso, minha mãe) e ir ao mesmo filme que ela escolheu – eu queria Tropa de Elite 2, sentiu a diferença? Pois bem. Já que o ingresso foi pago e eu morri lentamente assisti aos mais de 120 minutos de filme – e, enquanto isso, meu primo cochilava tranquilamente na poltrona dele.
O filme conta a história de Liz Gilbert, uma recém separada desesperada que decide dar uma virada na vida e viajar durante um ano pra “retomar seu apetite pela vida”. É, é bem filme pra mãe assistir, uma quarentona não contente com o fim de um relacionamento e que toma coragem- além de ter dinheiro para viajar por aí- e faz uma busca de si mesma, sem homens , amigos antigos e familiares para atrapalhar. Obviamente, no final ela acha um bonitão e blá blá blá, coitados dos solteiros- morrem infelizes em finais de novelas e de filmes açucarados.

IShellby, Shuffle #2

Caso número 2 – O bombeiro.
Pois bem. A Karol toda animadinha no show, jogando o cabelo ao som de U2. Eu? Eu estava sentada naquela lateral do @viladionisio. Como chama aquilo? Um bancão? Enfim, é tipo um banco grudado na parede que pega o lado direito da pista. Acho que eu estava twittando ou mandando mensagem para alguém, momento mortinho do show pra mim.
Nisso, senta um cara do meu lado e fica me observando. Primeira palavras dele depois disso: “Nossa, como você consegue sentar assim?”. Olhei para as minhas pernas e de volta para ele:
- Assim...como?
- Assim, com as pernas cruzadas de um jeito esquisito, parece uma bailarina.
- Bailarinha, huh? *me olhando*
- Já fez dança?
- Já, alguns anos de jazz e um de ballet...mas nunca tinha reparado que o meu jeito de sentar era estranho para as outras pessoas.
(Ele tentou imitar o modo como estava sentada e rimos com essa situação fail)
ps. Minha perna direita estava dobrada para o lado esquerdo, e a perna esquerda passava por cima do joelho direito. Não entendeu? Great.
Voltei a digitar no celular. Percebi o olhar dele espantando pra mim – outra vez. Aí ele começou a falar o quanto estava admirado em me ver digitando no celular, pois eu sou ‘rápida e já decorei o local das teclas’. Oi? Depois eu sou a estranha da balada.
Depois disso eu prestava atenção no show e tentava escutar um pouco do que ele dizia, além de gritar todas as minhas respostas, pois estávamos ao lado da caixa de som. Uma hora ele me contou sua profissão: bombeiro. Um cargo importante chamado sei lá como e estava de passagem...ou descansando de um plantão
Ficou animada, né?
É. Pena que ele não era nada do que se espera de um bombeiro. Meio baixinho, careca, 30 e tantos anos...tá bom pra você? Já deu pra acabar com toda minha fantasia com bombeiros.
(Ele também é músico)
Desconsiderem a minha capacidade de continuar uma conversa com estranhos, pois eu lembro de ter perguntado se era legal escorregar naquele cano. SIM, EU PERGUNTEI ISSO MESMO. E me imaginei no maior pole dance – ou batendo a bunda no chão. E ele disse “Ah, normal...”. Porrãn...só eu vejo aquilo como algo super legal?
Mais um tempo de papo –gritaria- e ele me diz:
- Você aceita um refrigerante?
Você.aceita.um.refrigerante.
Refrigerante. Sendo que estávamos num pub. CLARO.
Tudo bem a pessoa não beber e nem querer me embebedar, mas oferecer um refrigerante? Me senti com 14 anos na domingueira. Custa perguntar se eu gostaria de uma BEBIDA? Pensei nisso durante os 3 segundos que demorei pra responder. Espero não ter feito uma cara de õ_ô’
Mais um pouco de conversa e ele deve ter percebido o meu interesse mínimo de sair do lado do palco para cruzar mais informações com ele, pois disse um “Desculpa, preciso ir embora...” . Virei o rosto com um sorrisinho e um “Tchau”. Vi ele sumindo na galera e me voltei para o palco e para a Karol.

Refrigerante ,hunf.