Local: Vila Dionísio, em plena quinta-feira.
Foi uma noite masoquista, confesso. Além de todo o histórico
que não vem ao caso, a banda tocou um tributo a Alanis Morissette e The
Cranberries. Uma belíssima trilha sonora que me fez sentir muito bem quando
fiquei sozinha com vários casais apaixonadinhos ao meu redor – SÓ QUE NÃO! Eu
queria pisar em todas as músicas enquanto mandava mensagens descontroladas para
o meu suporte, a Isa.
Como não consegui sair da situação “tô sofrendo, tô burra,
mas tô aqui”, fiz o que qualquer ser humano faria numa situação como essa:
encontrei conhecidos e fui para o balcão do bar. Por curiosidade de um deles,
pedi o submarino: chopp com um shot de whisky dentro. O necessário (e um Sex On
the Beach no começo da noite) para meia-hora depois ficar soltinha e rindo dos
dois. A banda voltou e eu , mesmo com ódio das musiquinhas mimimis da noite,
fui lá para frente.
Bem no finalzinho do show, observei um garoto sentado
naquele banco lateral, com a típica le cu face (basicamente como eu deveria
estar antes do submarino) de quem estava no lugar errado. E então...e então a
banda começou a tocar FUN. Meu caro, um
raio atravessou meu corpo inteiro e eu só conseguia pular, pular, pular, gritar
e pular mais um pouco. Olhei para o menino e fiz o óbvio (não): corri até lá e
o puxei para dançar comigo. Dançamos de maneira super desajeitada (bêbada) e
ele berrava no meu ouvido pedaços da letra da música, algo como:
- So nenenene FIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIRE!!!!!!!!!!! Weruntheo
BRIGHTEEEEEEEER!!!!!!!!!!
Como saidera, tocaram AC/DC e nós dois continuamos a pular
com tanta energia que o show parecia ter acabado de começar (pra mim tinha, pq
até então eu estava arranhando as paredes com as outras músicas). Ele tinha
vindo no show errado e eu tinha aparecido no dia “errado”....bora fazer um festa duro em 7 minutos! Pelo menos recebi um
muito obrigado e até mais no final.
-
Ps. Estava demorando para eu entrar como personagem
principal de um shuffle.
Escuta ae:
=;=
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