terça-feira, maio 10, 2011

IShellby, Shuffle #2

Caso número 2 – O bombeiro.
Pois bem. A Karol toda animadinha no show, jogando o cabelo ao som de U2. Eu? Eu estava sentada naquela lateral do @viladionisio. Como chama aquilo? Um bancão? Enfim, é tipo um banco grudado na parede que pega o lado direito da pista. Acho que eu estava twittando ou mandando mensagem para alguém, momento mortinho do show pra mim.
Nisso, senta um cara do meu lado e fica me observando. Primeira palavras dele depois disso: “Nossa, como você consegue sentar assim?”. Olhei para as minhas pernas e de volta para ele:
- Assim...como?
- Assim, com as pernas cruzadas de um jeito esquisito, parece uma bailarina.
- Bailarinha, huh? *me olhando*
- Já fez dança?
- Já, alguns anos de jazz e um de ballet...mas nunca tinha reparado que o meu jeito de sentar era estranho para as outras pessoas.
(Ele tentou imitar o modo como estava sentada e rimos com essa situação fail)
ps. Minha perna direita estava dobrada para o lado esquerdo, e a perna esquerda passava por cima do joelho direito. Não entendeu? Great.
Voltei a digitar no celular. Percebi o olhar dele espantando pra mim – outra vez. Aí ele começou a falar o quanto estava admirado em me ver digitando no celular, pois eu sou ‘rápida e já decorei o local das teclas’. Oi? Depois eu sou a estranha da balada.
Depois disso eu prestava atenção no show e tentava escutar um pouco do que ele dizia, além de gritar todas as minhas respostas, pois estávamos ao lado da caixa de som. Uma hora ele me contou sua profissão: bombeiro. Um cargo importante chamado sei lá como e estava de passagem...ou descansando de um plantão
Ficou animada, né?
É. Pena que ele não era nada do que se espera de um bombeiro. Meio baixinho, careca, 30 e tantos anos...tá bom pra você? Já deu pra acabar com toda minha fantasia com bombeiros.
(Ele também é músico)
Desconsiderem a minha capacidade de continuar uma conversa com estranhos, pois eu lembro de ter perguntado se era legal escorregar naquele cano. SIM, EU PERGUNTEI ISSO MESMO. E me imaginei no maior pole dance – ou batendo a bunda no chão. E ele disse “Ah, normal...”. Porrãn...só eu vejo aquilo como algo super legal?
Mais um tempo de papo –gritaria- e ele me diz:
- Você aceita um refrigerante?
Você.aceita.um.refrigerante.
Refrigerante. Sendo que estávamos num pub. CLARO.
Tudo bem a pessoa não beber e nem querer me embebedar, mas oferecer um refrigerante? Me senti com 14 anos na domingueira. Custa perguntar se eu gostaria de uma BEBIDA? Pensei nisso durante os 3 segundos que demorei pra responder. Espero não ter feito uma cara de õ_ô’
Mais um pouco de conversa e ele deve ter percebido o meu interesse mínimo de sair do lado do palco para cruzar mais informações com ele, pois disse um “Desculpa, preciso ir embora...” . Virei o rosto com um sorrisinho e um “Tchau”. Vi ele sumindo na galera e me voltei para o palco e para a Karol.

Refrigerante ,hunf.

Nenhum comentário:

Postar um comentário